MENOS AMIGOS, MAIS AMIZADE

A certeza de que a vida é curta aumenta com a idade.

Até os quatro anos, nem sabemos que pensamos.

Até a adolescência, carecemos de consciência moral.

As primeiras décadas transcorrem sem economia de tempo, pois parece que seremos eternos.

No entanto, a meia-idade vem nos avisar de que a manhã já se foi e que a tarde se esvai: o vigor físico cede lugar à debilidade.

Tomamos consciência de que o aclive chegou ao fim e que a ‘melhor idade’ escorre cachoeira a baixo.

Se na juventude esbanjamos energia e corremos atrás de aventuras, na maturidade, passamos a escolher com cuidado os encontros e as companhias.

E, à medida que a vida avança, os calendários encolhem, indicando a necessidade de escolhas cada vez mais criteriosas.

Quando nos resta a velhice, passamos a ser avarentos dos nossos últimos tempos.

Já não perdemos tempo com ilusões; estamos mais preparados para lidar com as mentiras e com propagandas enganosas.

Preferimos refeições leves e roupas confortáveis, independemos da moda e da mídia.

Na velhice, mantemos menos amigos e contamos com melhor amizade.

2 comentários sobre “MENOS AMIGOS, MAIS AMIZADE

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