Essa modesta coleção de contos regionais é fruto da observação e da audição, na convivência com pessoas simples. Selecionam o humor, a filosofia e a perspicácia do homem comum da Região do Contestado; conversas em rodas de chimarrão, causos da tradição oral, transcritos ou servindo como fonte de inspiração.
Nem todo mateador é caboclo, nem todas as histórias são caipiras; o chimarrão não é privilégio rural.
Dia desses concluí a leitura do seu livro, tim-tim por tim-tim. Li, por assim dizer, na velocidade de quem escuta, porque – afinal de contas – o livro deriva da tradição oral.
O amigo está de parabéns. Eu gostei demais. Em cada conto sempre tem alguma coisa inesperada, um fato, um desfecho, o próprio uso da linguagem, etc.
Se eu fosse gente da cidade, talvez não tivesse apreciado tanto.
Mas eu já armei arapuca, já cacei tatu, já tive canoa… dessas que a gente toca de varejão, rio acima e rio abaixo. Só não peguei o tempo do trem de ferro, mas o meu pai já viajou muito.
Evandro Chagas.
São Lourenço, MG.