A semântica e a sintaxe permitiram e foram fundamentais para a evolução da linguagem e do pensamento que nos diferenciaram dos outros animais. Inclusive, continuam a nos diferenciar dos demais seres humanos. Escrevendo, falando e pensando ampliamos os espaços infinitos da mente. A elaboração de ideias e a aprendizagem através do diálogo criam dimensões sobrenaturais de existência. Além de vivermos a dimensão física, podemos construir amizades, comunidades e sociedades.
A maioria das pessoas usa essas artes e engenhosidade para organizar o entorno, produzir beleza, auxiliar a natureza, cooperar e criar confortos. Alguns, entretanto, se utilizam desses instrumentos para iludir, ludibriar, lograr, agredir, conquistar, enriquecer e dominar.
Fazendo o bem, a maioria das pessoas amplia o mundo individual; em geral, as pessoas fazem pouco barulho e procuram conviver em harmonia.
Os beligerantes competitivos, que são minoria (nos dois sentidos, de minoridade e de limitada parcela populacional), fazem sucesso nos palcos da vaidade, da cobiça e da intolerância.
Continuamos vivendo como os escravos do Reino do Brasil no Século XIX: somos maioria esmagadora, mas aceitamos o jugo do barbante que manipula a multidão que coopera e trabalha para que todos tenhamos uma vida prazerosa. Sem rebeldia, nos submetemos à maldade de discursos e de ciladas.