Morremos no momento que tomamos consciência da morte. A falência dos órgãos vitais determina o término do processo biofísico; apenas, o desligar da máquina humana.
Hoje (20.01.2023), eu morri. Isto é, tomei consciência da minha morte: da inutilidade de meus esforços, durante décadas, para construir estruturas habitacionais e estruturas culturais. Eu sou nada. Nada ficará. A floresta será derrubada, as aves silvestres serão presas ou abatidas, as fontes voltarão a secar, o dinheiro será gasto e as palavras serão dispersas ao vento.
Eu é que, fantasma de mim mesmo, sobrevivi à minha morte, para contemplar a dissipação no meu mundo idílico. Como fantasma, me sinto bem mais leve...
Viver é acreditar nas próprias ilusões.
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