Na floresta, os sons dos espaços naturais, a sensação de privacidade e de paz. Silêncio relativo. Orquestra da Natureza, melodias coletivas, harmoniosas e surpreendentes; coro multissom: animais, folhas, vento, chuva, murmúrio do riacho, algazarra da cachoeira. Sinfonias interrompidas quando um bicho entoa sua apresentação solo; os demais silenciam para escutar gorjeios, pios, trinados, assobios ou o cantar de bugios, capivaras, cobras, gambás, graxains, lagartos, lontras, maracajás, ouriços, ratos ou tatus. Floresta... Flores? Abelhas... Flores no chão e flores nas copadas das árvores. Poucas flores à altura de olhos humanos; privilégio dos répteis e das aves, tatus e de sabiás. Para ver flores, precisamos olhar pra baixo e olhar pra cima. Um exercício que pode ser útil na Sociedade: olhar pra baixo e olhar pra cima; aceitar os pequenos e os grandes; perceber as dificuldades da pobreza e temer o poder da riqueza; rever o passado e mirar o futuro.
Felizes aqueles que têm a oportunidade de viver momentos únicos, vinculados com a natureza.