Meu dilema…
O corpo está em forma, anseia por amar
e o amor se oferece em abundância e vigor.
Porém, me amo mais;
meu corpo ama a si mesmo mais do que tudo.
Amo o vôo sobre o abismo,
a ousadia de amar.
Mas, amo mais o conforto,
o aconchego da casa
e a vida tranqüila.
Renuncio à aventura,
em nome da paz.
Acima de tudo, se possível,
o sossego de nunca cair.
Gosto da claridade, mas
adoro a penumbra da meia luz.
Se na primeira eu vibro,
na segunda, repouso.
Sei que posso me perder
no consumo da luz …
ou na inércia da solidão.
Vivo dividido entre você e eu.