A propaganda nada faz; ela é feita. Ela é feita para difundir o que alguns seres humanos julgam ser importante para os outros; para que os outros pensem e ajam de acordo com o propalado. Muitas vezes, que os outros façam aquilo que eles mesmos não fazem. Podem ser propagadas ideias, teorias, práticas, comportamentos, exemplos, ... No entanto, mais importante do que identificar o que é propagado é saber a intenção de quem propaga. Ideias podem ser verdades, mentiras, meias-verdades ou meias-mentiras. As mentiras absolutas são vulneráveis ao discernimento. Mas, como identificar a parte que é verdade e a parte que é mentira? Infelizmente, a propaganda tem sido instrumento de enganação, de impor meias-verdades com o objetivo de tirar proveito da ingenuidade popular, da boa-fé das pessoas para tirar vantagens sociais, econômicas ou políticas. E, tem pressa, pois precisa chegar antes que o espírito desperte e analise com criticidade as falsas bondades. A propagação de princípios éticos independe de urgência e foge dos absolutismos; ela se fortalece na diversidade de pensamentos. Nos meios de comunicação, em geral, a propaganda tem a função de enganar, de criar necessidades inúteis, de explorar os incautos. A propaganda ‘profissionalizada’ se alimenta de mentes ingênuas; porém enfrenta resistências nas mentes críticas. Por isso, os profissionais das agências de propaganda, principalmente da propaganda política, precisam manter o povo na ignorância, precisam garantir um rebanho de ingênuos. Simultaneamente, campo para semear ilusões e vetor para propagação de ‘epidemias ideológicas’. Assim, os falsos líderes e os ídolos ocos são plantados e cultivados em massas acéfalas. A população domesticada passa a executar, fielmente, as ideias desses charlatões. Executa inconscientemente, hipnotizada, incapaz de pensar criticamente, de tomar decisões, de fazer escolhas. Como não pensam por si mesmas, são pensadas pelos outros.