Anos depois de ter plantado árvores no Sítio Itaguá, eu desejei colocar placas penduradas em algumas delas; principalmente, naquelas que foram quase extintas pelos ‘civilizados’.
Duas razões moveram minha vontade: instruir os que venham a se interessar pelas árvores que havia na região e manter o patrimônio cultural. (Usando ironia, uma figura de linguagem que colocaria as árvores como riquezas do ‘pai’; um preconceito machista.)
Hoje, decidi registrar literariamente esse desejo. Comecei imaginando um título para o texto; O BATISMO DAS ÁRVORES surgiu poeticamente em minha mente. Talvez, eco das pressões remanescentes na cultura de minha família. Porém, o dicionário indicou a total incoerência da expressão cristã, pois, nenhuma árvore nasce com “pecado original”. Muito menos, necessita de “purificação” dos ‘fiéis’. Aliás, a “salvação” das espécies naturais pode estar na condição de serem ‘profanas’. Mesmo assim, mantive o título como instigação para os leitores e escreverei sobre O NOME DAS ÁRVORES DO SÍTIO ITAGUÁ.
Minha intenção, confesso, é publicar a existência dessas árvores; ou seja, tornar público que elas existem e merecem viver. Nesse sentido, o batismo pode ser cerimônia humana útil para a preservação da floresta. Batismos são cerimônias públicas que superam em muito rituais simples e insignificantes; a imersão do corpo ou o banho da testa servem apenas como simbolismo para os humanos ‘convidados’ como testemunhos do compromisso social. O importante será a ‘crença’ dos padrinhos (dos que foram incluídos como pais também) de que reconhecem e devem defender aqueles que foram batizados.
Plantei árvores, que receberão nomes escritos em placas penduradas nelas, com a esperança de que os convidados cuidem das árvores que plantei e continuem plantando vidas responsáveis.
Numa era onde humanos vivenciam de forma triste a inversão poluição sua própria natureza e a demais. Importante institui o /a guardião/guardiã, pessoa que rutualiza o cuidar, manter, preservar…
Salve, Mário Tessari, que utiliza bem as palavras em textos tão relevantes.
Numa era onde humanos vivenciam de forma triste a inversão poluição sua própria natureza e a demais. Importante institui o /a guardião/guardiã, pessoa que rutualiza o cuidar, manter, preservar…
Salve, Mário Tessari, que utiliza bem as palavras em textos tão relevantes.
Curiosamente, estávamos dia desses conversando sobre o conceito de batismo por demanda de uma das crianças da casa. Surgiram várias inquietações similares às tuas.
Sobre as árvores, lembrei dessa música aqui: https://www.youtube.com/watch?v=xIfiIXHcNhI