Lendo essas notícias,
fico ainda mais preocupado.
Colocar (ainda) mais professores em sala de aula é como colocar um segundo locutor na rádio, um segundo volante nos automóveis ou mais vendedores em lojas falidas.
Pouco resolve dar um carro para quem não sabe para onde ir e dar escola multimídia para aluno que não vê função na leitura/escrita/matematização.
Os filhos de pessoas que usam intensamente essas tecnologias ‘educacionais’ aprendem ler, escrever e calcular bem antes da ‘idade escolar’. Quando os pais e a família não alcançam os benefícios do letramento, de nada adiantará estender os períodos letivos ou entulhar a escola de ‘profissionais’. Essa é uma estratégia capitalista que amplia o mercado, ‘valoriza a profissão’ e atravanca a aprendizagem.
Precisamos mudar a Sociedade, os governos e o povo. Principalmente, o povo. E não fazer mais do que a realidade mostra ser um equívoco.
Fica muito difícil convencer alguém a andar a cavalo numa época em que sobram motocicletas e automóveis. As possibilidades e as formas de aprender mudaram; a ‘escola’ continua a mesma do tempo do lampião a gás. Ninguém aprende por decreto. Sobram ameaças e projetos mirabolantes.
Ampliar a hospitalização e a educação gera mais problemas para a saúde e para a aprendizagem. É preciso analisar quem lucra com a doença e com a ignorância.
Vamos mudar o Brasil?