As pessoas (personagens do teatro da vida) acreditam (ou só repetem ingenuamente) que sentem com o coração. Que o coração é a sede dos sentimentos humanos. De fato, sem o coração, não sentiremos mais nada; quem “perder a barriga”, também. Leio e escrevo com o coração: quando ‘perder’ o coração, não mais lerei ou escreverei. Difícil alguém perder o coração, mas ele pode parar de bombear meu sangue e estarei morto.
Por que não dizemos ‘agradeço de pâncreas’ ou ‘agradeço de cotovelo’, ao invés de dizer “agradeço de coração”?
Se eu escrever que o sistema límbico do cérebro processa nossas emoções e nossos sentimentos, muitos leitores dirão que sou um insensível.